Partindo da compreensão de que os territórios são moventes, sejam eles
geográficos ou discursivos, delimitados físicamente ou configurados em campos
simbólicos, é possível situá-los como fronteiras, gêneros, identidades, em
constante negociação. Os territórios participam dos processos de subjetivação,
evidenciando as relações neles implícitas, colocando-se em estreita conexão com
os processos criativos na arte, inventivos de sujeitos e de mundo.
Dia 03/12 - Novas políticas estéticas, com Heloísa Buarque de Holanda/RJ.
Local: Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, às 18h30min.
Movimentos minoritários sempre se valem de estratégias discursivas para se
expressaar. Isso ocorreu com o literatura e a criação artística das mulheres, com
a cultura negra, com a cultura gay. Hoje , entretanto, a estética como política de
afirmação e transformação é o lema das culturas de periferias e favelas. O hip
hop traz consigo essa interrelação entre criação artística e política e apresenta
uma nova face enquanto política estética ao trazer para o centro de sua ações a
novíssimo conceito de cultura como recurso.
Heloisa Helena Oliveira Buarque de Hollanda é Bolsista de Produtividade
em Pesquisa do CNPq - Nível 1A. Possui graduação em Letras Clássicas pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1961), mestrado em Letras
(Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974) e
doutorado em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro (1979). Atualmente é Professora Titular de Teoria Crítica da Cultura
da Escola de Comunicação e Coordenadora do Programa Avançado de Cultura
Contemporânea do Forum de Ciência e Cultura, ambos da Universidade Federal
do Rio de Janeiro. É diretora da Editora aeroplano e consultoria e d´O Instituto
de Projetos e Pesquisa, e autora de vários livros. Seus artigos e palestras recentes
privilegiam a cultura produzida nas periferias das grandes cidades e a cultura
digital.
Dia 10/12 - Rádio, Loucura e Arte, com Mauro José Sá Rêgo Costa/RJ e Deisimer Gorczevski
Local: Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, às 18h30min.
Serão trabalhados dois enfoques em relação ao Rádio, que parecem incongruentes, mas a idéia é abrir um espaço de reflexão sobre possibilidades do Rádio que você não ouve no Rádio... ou, parafraseando Spinoza - O que é que o Rádio Pode.
Na primeira parte a questão é dar uma panorâmica e abrir uma discussão sobre diferentes “conteúdos” ou gêneros radiofônicos que não tocam no rádio. O que faz o rádio experimental e inventivo em formas como a radioarte, as paisagens sonoras, o radiodrama (o neue horspiel), o radiodocumentário...
Trabalharemos com exemplos e conceitos de Murray Schafer, John Cage, da radioartista brasileira Janete el Haouli, dos radiodocumentaristas Harri Huhtamaki (finlandês) e Julio de Paula (paulista). No final, uma introdução a um blog de referencia para este radio inventivo: o radioforumbr.wordpress.com .
Na segunda parte, a experiência de se fazer rádio como prática criadora de um coletivo de “loucutores” que deseja comunicar outros modos de produzir sentido e fazer-se enunciar à loucura e a saúde mental. Apresentando as experiências com o Coletivo de Rádio Potência Mental e o programa na Rádio Comunitária Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, bem como as alianças com as Rádios Colifatas, em especial, a Nikosia, em Barcelona, na Espanha. Além de mostrar alguns trechos escolhidos dos programas de rádio, pequenos vídeos produzidos pelo Coletivo de Rádio Potência Mental e outros produzidos pelas parceiras.
Mauro José Sá Rêgo Costa é Professor Adjunto da Faculdade de Educação da
Baixada Fluminense / UERJ; Coordenador da Oficina Híbridos – Mídia e Arte
Contemporânea - do LABORE – Laboratório de Estudos Contemporâneos - UERJ;
Coordenador do Laboratório de Rádio UERJ/Baixada. Professor do Mestrado em
Educação, Cultura e Comunicação / FEBF/UERJ; Professor do Programa de Pós-
graduação da Faculdade de Dança Angel Vianna.
Deisimer Gorczevski é pesquisadora e participante do Coletivo de Rádio
Potência Mental, no Programa de Pesquisa e Extensão Rede de Oficinandos,
UFRGS. Doutora em Ciências da Comunicação. Professora do Instituto de Cultura
e Arte, na Universidade Federal do Ceará - UFC.
15/12 – Arte é Território do Sujeito, com Tânia Rivera/DF.
Local: Local: Alpendre, às 18h30min
A arte pensa o homem e o mundo, e ao fazê-lo ela põe em jogo variadas localizações
do homem em relação ao mundo. Em vez de assim constituir um terreno fixo, ela faz
do trânsito o lugar móvel do sujeito em suas poéticas aparições.
Tania Rivera é psicanalista, professora do Departamento de Arte da UFF
e professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Arte da UnB
e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura da UnB.
Pesquisadora do CNPq e autora, entre outros, de Cinema, Imagem e Psicanálise
(2008) e de Arte e Psicanálise (2002, ambos por Jorge Zahar). Dirigiu os vídeo-
ensaios Ensaio sobre o Sujeito na Arte Contemporânea Brasileira (2010), Imagem
se faz com Imagens (2010) e Who Drives ou o Olhar Outro (2008).
geográficos ou discursivos, delimitados físicamente ou configurados em campos
simbólicos, é possível situá-los como fronteiras, gêneros, identidades, em
constante negociação. Os territórios participam dos processos de subjetivação,
evidenciando as relações neles implícitas, colocando-se em estreita conexão com
os processos criativos na arte, inventivos de sujeitos e de mundo.
Dia 03/12 - Novas políticas estéticas, com Heloísa Buarque de Holanda/RJ.
Local: Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, às 18h30min.
Movimentos minoritários sempre se valem de estratégias discursivas para se
expressaar. Isso ocorreu com o literatura e a criação artística das mulheres, com
a cultura negra, com a cultura gay. Hoje , entretanto, a estética como política de
afirmação e transformação é o lema das culturas de periferias e favelas. O hip
hop traz consigo essa interrelação entre criação artística e política e apresenta
uma nova face enquanto política estética ao trazer para o centro de sua ações a
novíssimo conceito de cultura como recurso.
Heloisa Helena Oliveira Buarque de Hollanda é Bolsista de Produtividade
em Pesquisa do CNPq - Nível 1A. Possui graduação em Letras Clássicas pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1961), mestrado em Letras
(Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974) e
doutorado em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro (1979). Atualmente é Professora Titular de Teoria Crítica da Cultura
da Escola de Comunicação e Coordenadora do Programa Avançado de Cultura
Contemporânea do Forum de Ciência e Cultura, ambos da Universidade Federal
do Rio de Janeiro. É diretora da Editora aeroplano e consultoria e d´O Instituto
de Projetos e Pesquisa, e autora de vários livros. Seus artigos e palestras recentes
privilegiam a cultura produzida nas periferias das grandes cidades e a cultura
digital.
Dia 10/12 - Rádio, Loucura e Arte, com Mauro José Sá Rêgo Costa/RJ e Deisimer Gorczevski
Local: Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, às 18h30min.
Serão trabalhados dois enfoques em relação ao Rádio, que parecem incongruentes, mas a idéia é abrir um espaço de reflexão sobre possibilidades do Rádio que você não ouve no Rádio... ou, parafraseando Spinoza - O que é que o Rádio Pode.
Na primeira parte a questão é dar uma panorâmica e abrir uma discussão sobre diferentes “conteúdos” ou gêneros radiofônicos que não tocam no rádio. O que faz o rádio experimental e inventivo em formas como a radioarte, as paisagens sonoras, o radiodrama (o neue horspiel), o radiodocumentário...
Trabalharemos com exemplos e conceitos de Murray Schafer, John Cage, da radioartista brasileira Janete el Haouli, dos radiodocumentaristas Harri Huhtamaki (finlandês) e Julio de Paula (paulista). No final, uma introdução a um blog de referencia para este radio inventivo: o radioforumbr.wordpress.com .
Na segunda parte, a experiência de se fazer rádio como prática criadora de um coletivo de “loucutores” que deseja comunicar outros modos de produzir sentido e fazer-se enunciar à loucura e a saúde mental. Apresentando as experiências com o Coletivo de Rádio Potência Mental e o programa na Rádio Comunitária Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, bem como as alianças com as Rádios Colifatas, em especial, a Nikosia, em Barcelona, na Espanha. Além de mostrar alguns trechos escolhidos dos programas de rádio, pequenos vídeos produzidos pelo Coletivo de Rádio Potência Mental e outros produzidos pelas parceiras.
Mauro José Sá Rêgo Costa é Professor Adjunto da Faculdade de Educação da
Baixada Fluminense / UERJ; Coordenador da Oficina Híbridos – Mídia e Arte
Contemporânea - do LABORE – Laboratório de Estudos Contemporâneos - UERJ;
Coordenador do Laboratório de Rádio UERJ/Baixada. Professor do Mestrado em
Educação, Cultura e Comunicação / FEBF/UERJ; Professor do Programa de Pós-
graduação da Faculdade de Dança Angel Vianna.
Deisimer Gorczevski é pesquisadora e participante do Coletivo de Rádio
Potência Mental, no Programa de Pesquisa e Extensão Rede de Oficinandos,
UFRGS. Doutora em Ciências da Comunicação. Professora do Instituto de Cultura
e Arte, na Universidade Federal do Ceará - UFC.
15/12 – Arte é Território do Sujeito, com Tânia Rivera/DF.
Local: Local: Alpendre, às 18h30min
A arte pensa o homem e o mundo, e ao fazê-lo ela põe em jogo variadas localizações
do homem em relação ao mundo. Em vez de assim constituir um terreno fixo, ela faz
do trânsito o lugar móvel do sujeito em suas poéticas aparições.
Tania Rivera é psicanalista, professora do Departamento de Arte da UFF
e professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Arte da UnB
e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura da UnB.
Pesquisadora do CNPq e autora, entre outros, de Cinema, Imagem e Psicanálise
(2008) e de Arte e Psicanálise (2002, ambos por Jorge Zahar). Dirigiu os vídeo-
ensaios Ensaio sobre o Sujeito na Arte Contemporânea Brasileira (2010), Imagem
se faz com Imagens (2010) e Who Drives ou o Olhar Outro (2008).
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