A semana começa com novas oficinas do Núcleo de Formação do Centro Dragão do Mar. Entre os dias 20 e 24, atividades gratuitas contemplam literatura, dança e cinema. Confira quais oficinas estarão ocorrendo nos próximos dias.
Reverberações: imagens do texto
Ministrada por Fátima Souza
Local : Alpendre - 15h às 18h
De 20 a 24/09
Dançando com maiores de 50
Ministrada por Eliana Madeira
Local: SESC SENAC Iracema - 15h às 17h
De 20 a 24/09
Introdução à Crítica Cinematográfica
Ministrada por Marcelo Ikeda
Local: Alpendre - 15h às 18h
De 21 a 24/09
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
corpo : som : palavra : imagem, com Ricardo Aleixo
RICARDO DURANTE O SEMINÁRIO ARTE, EDUCAÇÃO E EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS, EM AGOSTO. FOTO: MARINA CAVALCANTE
O poeta e professor de Design Sonoro Ricardo Aleixo vem a Fortaleza ministrar a oficina corpo : som : palavra : imagem. A oficina acontece entre 18 a 22 de outubro, de 14 às 17 horas, com local ainda a ser confirmado.
A atividade tem 20 vagas disponíveis. As inscrições estão abertas. Você pode baixar sua ficha de inscrição, preenchê-la e enviá-la para o email nucleodeformacao@dragaodomar.org.br. Atenção: para esta atividade, os interessados deverão apresentar currículo e carta de intenções, explicando porque desejam participar da oficina.
Seguem mais detalhes sobre a oficina.
corpo : som : palavra : imagem
Data: de 18 a 22 de outubro, de 14h às 17h.
Local: a confirmar.
Descrição: por meio de explanações teóricas, relatos e exercícios individuais e coletivos, a oficina tem como objetivo propiciar aos participantes a experiência de construção das passagens entre os códigos que compõem o sempre instável “livro-ambiente” que é a performance intermídia.
Número de participantes: máximo de 20.
Público-alvo: profissionais ou estudantes interessados em poéticas interartes, ou intermídia, independentemente do campo artístico ao qual estão prioritariamente ligados.
Pré-requisitos: ter disponibilidade para a parte prática do trabalho, que envolve intensa atividade vocal e corporal. Os candidatos deverão apresentar breve currículo, endereço na web (site, blog, myspace, youtube etc., caso tenham) e carta de intenções, na qual deverão deixar claro o motivo por que se interessaram pela participação na oficina.
Preparação para o primeiro encontro: o trabalho será iniciado via email. O oficineiro fará contato com cada um dos selecionados, propondo um tipo diferente de trabalho a ser desenvolvido no primeiro encontro do grupo. Além de roupas confortáveis para a prática de exercícios corporais, cada participante deverá levar: 1) filmadora (preferência para as de celular, ou de máquina fotográfica, pela facilidade de manuseio) com bastante memória disponível; 2) um poema ou texto em prosa que tematize o espaço (pode-se, evidentemente, optar por textos de autoria própria, mas considero mais generosa e instigante a escolha de criações alheias); 3) algum objeto de uso cotidiano (exceto eletrônicos) que possa ser utilizado para produzir sons; 4) uma venda para os olhos; 5) bloco de notas ou caderno e caneta.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Em busca do movimento inteligente
MÁRCIA EM AÇÃO: RESPIRAR MELHOR PARA VIVER MELHOR. FOTO: MARINA CAVALCANTE
A atividade do corpo e a teoria. As duas coisas não parecem combinar muito, num primeiro olhar. Afinal, para dançar basta poder se movimentar, ter vontade e alguma criatividade, correto? Nem tanto, ensina Márcia Santiago, especialista em Dança e certificada em Pilates. Para ela, o desafio é fazer do movimento uma construção que pode, sim, ser pensada - e aperfeiçoada - à luz dos avanços científicos.
Mas não de qualquer forma. "Teoria é sopinha de letra, você toma e aprende. A aplicabilidade dessa teoria é que é a grande questão. A cinesiologia trata disso, de você ter a capacidade de chegar e fazer correções, dominar esses conceitos biomecânicos, anatômicos, respiratórios. A importância disso pra ter uma postura eficiente, otimizada", argumenta a professora, que ministra, até esta sexta-feira (17), a oficina Cinesiologia aplicada à dança, no Sesc/Senac Iracema.
Na atividade, ela apresentou aos alunos fundamentos das teorias cinesiológicas, que advogam a reeducação postural por meio de técnicas corporais e respiratórias. Ao fim de uma das aulas, Márcia Santiago conversou com o blog sobre o potencial transformador da cinesiologia, tanto para profissionais da dança quanto para aqueles interessados apenas em ganhar qualidade de vida. Confira trechos.
Pergunta - Você acha que a cinesiologia é uma disciplina apta a promover mudanças de postura, de consciência do próprio corpo?
Márcia Santiago - O que eu vou pegar com eles, os alunos, é exatamente isso. Eu não estou trabalhando com eles a cinesiologia dentro de uma técnica específica, para o balé ou outra coisa. Estou trabalhando a cinesiologia para o movimento. E para o movimento funcional, você tem esses corpos que se movem, independente do nível de formação, e a ideia é corrigir esses padrões de movimento. Se eu sou aluna, como me colocar? O que eu estou pegando de conteúdo é: respiração, o ato respiratório para a organização postural e para o movimento. O ato respiratório é cinquenta por cento da organização postural. Pela força hidráulica que ele promove, pela oxigenação... Vários sistemas que ela coloca em evidência.
Pergunta - As pessoas não sabem disso, não é?
Márcia - A respiração é o primeiro e último ato de vida. Tudo é respiração. E como estou usando a respiração? Com técnicas específicas, como imobilização da coluna e fortalecimento de músculos e articulações, em cima de respiração. Foi a primeira aula. E mostrando como a organização postural pode acontecer por meio da respiração, mostrando outras técnicas, como o Pilates. Não existe respiração certa e errada. Existe o "para quê". Por qual motivo quero usar essa respiração: para facilitar o movimento, para organizar o movimento ou para desafiar o movimento, num caráter mais avançado, mais fitness.
Pergunta - Fica clara para os alunos a relação que a Cinesiologia tem com o trabalho artístico que algumas dessas pessoas desenvolvem?
Márcia - Fica. A gente tem coreógrafos e dançarinos entre os alunos. E nas aulas, a abordagem é orgânica. O foco é em como a respiração dá fluência ao movimento. Eles já vão por esse lado da exploração da respiração no movimento. A fluidez que ela dá, a organicidade, a potência, a facilitação. A gente tinha uma visão de que, quando uma coisa era difícil, a gente prendia a respiração. Fazia apneia. Hoje em dia é o contrário. A gente não bloqueia o diafragma. Tenho que mover e respirar. Essas pessoas veem demais essa relação.
O ofício da crítica em detalhes
MARCELO IKEDA VAI ABORDAR FINALIDADES E INSTRUMENTOS DA CRÍTICA. FOTO: DIVULGAÇÃO
Tecnologias como a internet tiveram (e têm) o poder de democratizar alguns aspectos da produção jornalística. A crítica de arte foi um deles. Em blogs e outras plataformas, especialistas (ou nem tanto) consolidaram espaços para o exercício da apreciação de arte. Do outro lado da moeda, a questão: qualquer um pode ser um crítico nos dias de hoje?
Os lugares da crítica, mais especificamente a cinematográfica, serão pensados pelo professor universitário Marcelo Ikeda, em oficina teórica que se inicia na próxima terça-feira (21). "Introdução à Crítica Cinematográfica" é o título da atividade a ser ministrada por Ikeda no Alpendre (Rua José Avelino, 495), entre 15 e 18 horas, até o dia 24.
A ideia do curso é enfatizar o papel do crítico como formulador de um espaço de discussão sobre a linguagem cinematográfica. Como método, Ikeda propõe o exame da relação entre críticos e realizadores, destacando momentos-chave da teoria cinematográfica, como a "política dos autores" lançada pela revista francesa Cahiers du Cinema em 1955. À época, a publicação atribuiu ao cineasta o papel de autor dos filmes que dirigia, o que suscitou um grande debate sobre o peso dos diferentes processos na realização de uma obra cinematográfica.
O tema mostra-se capaz de mobilizar atenções e suscitar paixões. Não à toa, as vagas para inscritos já se esgotaram pelo menos uma semana antes do início das atividades. A oficina prevê, além das discussões teóricas e do resgate histórico, exercício de crítica a ser realizado pelos participantes.
Marcelo Ikeda é professor do Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestrando em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Trabalhou por oito anos na Agência Nacional de Cinema (ANCINE). Realizador de diversos curtas-metragens, como O Posto, É Hoje, Eu Te Amo e Cartas de um Jovem Suicida, entre outros. Curador da Mostra do Filme Livre entre 2003 e 2007. Crítico de cinema, mantém o blog www.cinecasulofilia.blogspot.com.
Serviço
Introdução à Crítica Cinematográfica
Oficina promovida pelo Núcleo de Formação do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Local: Alpendre - Rua José Avelino, 495 - Praia de Iracema
Período: 21 a 24/09
Horário: 15 às 18 horas
Os lugares da crítica, mais especificamente a cinematográfica, serão pensados pelo professor universitário Marcelo Ikeda, em oficina teórica que se inicia na próxima terça-feira (21). "Introdução à Crítica Cinematográfica" é o título da atividade a ser ministrada por Ikeda no Alpendre (Rua José Avelino, 495), entre 15 e 18 horas, até o dia 24.
A ideia do curso é enfatizar o papel do crítico como formulador de um espaço de discussão sobre a linguagem cinematográfica. Como método, Ikeda propõe o exame da relação entre críticos e realizadores, destacando momentos-chave da teoria cinematográfica, como a "política dos autores" lançada pela revista francesa Cahiers du Cinema em 1955. À época, a publicação atribuiu ao cineasta o papel de autor dos filmes que dirigia, o que suscitou um grande debate sobre o peso dos diferentes processos na realização de uma obra cinematográfica.
O tema mostra-se capaz de mobilizar atenções e suscitar paixões. Não à toa, as vagas para inscritos já se esgotaram pelo menos uma semana antes do início das atividades. A oficina prevê, além das discussões teóricas e do resgate histórico, exercício de crítica a ser realizado pelos participantes.
Marcelo Ikeda é professor do Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestrando em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Trabalhou por oito anos na Agência Nacional de Cinema (ANCINE). Realizador de diversos curtas-metragens, como O Posto, É Hoje, Eu Te Amo e Cartas de um Jovem Suicida, entre outros. Curador da Mostra do Filme Livre entre 2003 e 2007. Crítico de cinema, mantém o blog www.cinecasulofilia.blogspot.com.
Serviço
Introdução à Crítica Cinematográfica
Oficina promovida pelo Núcleo de Formação do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Local: Alpendre - Rua José Avelino, 495 - Praia de Iracema
Período: 21 a 24/09
Horário: 15 às 18 horas
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Cenas de um corpo expandido
ARMANDO, DURANTE A OFICINA: CRIAÇÕES DE ARTISTA PARA ARTISTA. FOTO: YURI TAVARES
Marshall McLuhan, com suas convivcções de que meios são extensões do homem, talvez se sentisse seduzido por Isadora. Ela é onipresente, poderosa e prestativa, só precisa de manual de instruções. Isadora 1.3 é um software cujas possibilidades ativam sinapses de artistas, sobretudo ligados à dança e à perfomance, capazes de dar corpo a novos formatos cênicos.
O programa de computador, capaz de organizar elementos no espaço da cena a partir de sensores ligados ao corpo, foi objeto da oficina Corpo e novas tecnologias com Isadora 1.3. Video em interactividade tempo real, ministrada por Armando com colaboração e assessoria da performer Aspásia Mariana.
Em dois dias de curso, contabiliza Armando, foi possível apresentar uma breve introdução à ferramenta. Ele espera retornar para mostrar outras funcionalidades de Isadora, segundo ele o software com melhor relação custo-benefício dentre os programas disponíveis para a mesma finalidade.
Certamente não faltará demanda. Menicacci cumpriu uma agenda movimentada em Fortaleza. Ele passou, entre outros lugares, pela Vila das Artes, onde participou do projeto Debates Incalculáveis. Correndo de um lado para o outro com com a mala de viagem a tiracolo, ele parou para bater papo com este blog. Confira trechos:
Pergunta - Como esse programa, o Isadora, pode contribuir para a expansão do potencial de um performer ou de um bailarino em cena?
Armando Menicacci - Esse software especificamente tem várias coisas que me fazem pensar que é o melhor software para fazer interação em tempo real com várias mídias. É o mais simples, mas é o mais completo, ou um dos mais completos, mas entre os mais completos, é o mais barato. É pago porque é uma pessoa que desenvolve e ele claramente vende esse sotware. Mas um software com potência semelhante custa 600 euros [cerca de 1500 reais] e esse aqui custa 270 [cerca de 700 reais]. E esse é muito mais potente em alguns campos. Há um software com a mesma capacidade de Isadora, mas não tem manual e é muito complicado pra usar. Leva meses de aprendizagem. Aqui, se tivéssemos tido duas semanas de atividade, cada artista poderia ter saído um programador.
Armando Menicacci - Esse software especificamente tem várias coisas que me fazem pensar que é o melhor software para fazer interação em tempo real com várias mídias. É o mais simples, mas é o mais completo, ou um dos mais completos, mas entre os mais completos, é o mais barato. É pago porque é uma pessoa que desenvolve e ele claramente vende esse sotware. Mas um software com potência semelhante custa 600 euros [cerca de 1500 reais] e esse aqui custa 270 [cerca de 700 reais]. E esse é muito mais potente em alguns campos. Há um software com a mesma capacidade de Isadora, mas não tem manual e é muito complicado pra usar. Leva meses de aprendizagem. Aqui, se tivéssemos tido duas semanas de atividade, cada artista poderia ter saído um programador.
Pergunta - Você sente que Fortaleza tem uma demanda, existe aqui esse chamado para um trabalho feito na interseção entre tecnologia e arte?
Armando - Existe. Foram exatamente os artistas que querem usar que sugeriram para o Centro Dragão do Mar para tentar trazer essa atividade. Foram apenas dois dias, mas para mostrar algumas capacidades do 1.3 [refere-se à versão do programa] de organizar coisas maiores, é um bom momento.
Armando - Existe. Foram exatamente os artistas que querem usar que sugeriram para o Centro Dragão do Mar para tentar trazer essa atividade. Foram apenas dois dias, mas para mostrar algumas capacidades do 1.3 [refere-se à versão do programa] de organizar coisas maiores, é um bom momento.
Pergunta - Qual o ganho qualitativo que uma ferramenta como essa traz?
Armando - De poder ter um controle total sobre todo tipo de mídia. Com seu corpo, com um sensor muito barato, você pode controlar todo tipo de coisa. A vantagem da Isadora é que ela é mais acessível. Ela se chama Isadora exatamente por isso, por causa de Isadora Duncan, que libertou o corpo da sapatilha de ponta, de um figurino apertado que atrapalhava a respiração. O programa é pra libertar o artista, que pode não precisar mais de um programador. Eu não sou matemático, não sou programador, aprendi quase sem olhar o manual. O software é feito e pensado por artista para artista. Os outros, tanto os gratuitos quanto os pagos, são pensados por programadores, para artistas. Essa separação é muito pesada, porque o artista tem que arrumar dinheiro para pagar um programador, e às vezes isso não é possível. Aqui, o artista pode programar ele mesmo.
Pergunta - Você tem colaborações com artistas de diversas partes do mundo. Isso inclui uma colaboração com uma artista daqui, a Aspásia Mariana... Qual a proposta?
Armando - Isso. Ela foi contemplada por um edital e me chamou para renovar a relação entre gesto e som no sapateado. O sapateado tem uma relação sempre igual entre gesto e som: é o pé que dispara o som. Mas isso cria uma corporeidade de um certo tipo. Agora, podemos tentar renovar com interação, pode ser que a dança e a ritmicidade do sapateado pode influenciar vídeo, luz, pode ampliar os horizontes de interação.
Armando - Isso. Ela foi contemplada por um edital e me chamou para renovar a relação entre gesto e som no sapateado. O sapateado tem uma relação sempre igual entre gesto e som: é o pé que dispara o som. Mas isso cria uma corporeidade de um certo tipo. Agora, podemos tentar renovar com interação, pode ser que a dança e a ritmicidade do sapateado pode influenciar vídeo, luz, pode ampliar os horizontes de interação.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Nova oficina: Guias afetivos, com Marcus Faustini
FAUSTINI DURANTE O SEMINÁRIO ARTE, INVENÇÃO E EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS. FOTO: MARINA CAVALCANTE
O Núcleo de Formação traz de volta a Fortaleza Marcus Faustini, diretor, escritor, fundador da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu e Assessor Especial da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro. Ele vem ministrar a oficina Guias Afetivos, baseada em livro lançado por ele em 2009. Faustini esteve em agosto em Fortaleza, onde fez uma palestra bastante aplaudida no Seminário Arte, Invenção e Experiências Formativas.
Abaixo, segue um briefing da oficina, que acontece entre 27/9 e 1º/10, de 18h30 às 21h30, na sala multiuso do Dragão do Mar. Para se inscrever, faça download da ficha de inscrição e a envie para o email nucleodeformacao@dragaodomar.org.br. As inscrições são gratuitas.
Guias afetivos, com Marcus Faustini
Data: de 27/09 a 01/10.
Horário: 18h30 a 21h30.
Local: sala multiuso do Dragão.
Perfil do público: artistas de diversas linguagens, representantes de grupos, associações e projetos.
Atenção: oficina limitada a 20 vagas.
Descrição: O objetivo do “Guias Afetivos” é criar junto aos participantes uma experiência artística criativa, que valorize as vivências pessoais de cada participante, com foco no desenvolvimento de uma estética particular, contribuindo para o fortalecimento do pertencimento social desses sujeitos, bem como sua inclusão subjetiva. Para tanto, o conceito de linguagem literária é ampliado para expressões através do uso da PALAVRA, nesse sentido, a contação de histórias, as artes plásticas e o vídeo são aliados no processo.
A valorização do território é o início do processo. Por isso, a utilização do romance “Guia Afetivo da Periferia”, já que, a partir dos cenários e situações descritas pelo autor no romance, o participante é convidado a resgatar a sua memória e transformá-la também em expressão artística. O convencimento é feito a partir da sensibilização provocada pela leitura do romance em conjunto. A vida de cada um pode em muito interessar aos outros, basta contá-la. Portanto, a metodologia num primeiro momento, visa encorajar os participantes. Em seguida, passa-se a experimentar as diversas possibilidades de expressão através de linguagens como vídeo, artes plásticas, literatura, poesia. Ao final da oficina cada participante, terá desenvolvido individualmente ou em conjunto alguma expressão de linguagem.
Marcus Vinícius Faustini, carioca, cresceu na Baixada Fluminense e no Cesarão, maior conjunto habitacional do Rio de Janeiro em Santa Cruz. Com formação em teatro e cinema, Faustini como é chamado, destaca-se na cena cultural desde 1998. Antes disso, teve uma passagem significativa pelo movimento estudantil chegando a ser vice-presidente da AMES-RJ. Em 2002 dirigiu seu primeiro filme "Chão de Estrelas", um documentário sobre a vida do artista brasileiro, que reunia depoimentos de Fernanda Montenegro até um travesti que desejava ser ator. O filme aborda as dificuldades de alcançar o sonho dourado de ser ator no país. O documentário foi bastante elogiado pela crítica e participou de dois festivais. Em 2006 Faustini lançou nos cinemas seu segundo documentário: "Carnaval, bexiga, funk e sombrinha" sobre o universo contraditório das turmas de clóvis/bate -bolas que existem na periferia do Rio. Convidado pela Prefeitura de Nova Iguaçu, Faustini assumiu em 2008 a pasta da Secretaria de Cultura e Turismo do município, tendo por esse motivo se licenciado do projeto Reperiferia. Como Secretario, realiza o Fundo Municipal de Cultura e a Política de Territorialidade através de editais. Em 2009 lança pela editora Aeroplano seu primeiro livro – Guia Afetivo da Periferia – que narra a trajetória de um personagem pela cidade do Rio de Janeiro. Hoje é Assessor Especial de Cultura e Território da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro.
Horário: 18h30 a 21h30.
Local: sala multiuso do Dragão.
Perfil do público: artistas de diversas linguagens, representantes de grupos, associações e projetos.
Atenção: oficina limitada a 20 vagas.
Descrição: O objetivo do “Guias Afetivos” é criar junto aos participantes uma experiência artística criativa, que valorize as vivências pessoais de cada participante, com foco no desenvolvimento de uma estética particular, contribuindo para o fortalecimento do pertencimento social desses sujeitos, bem como sua inclusão subjetiva. Para tanto, o conceito de linguagem literária é ampliado para expressões através do uso da PALAVRA, nesse sentido, a contação de histórias, as artes plásticas e o vídeo são aliados no processo.
A valorização do território é o início do processo. Por isso, a utilização do romance “Guia Afetivo da Periferia”, já que, a partir dos cenários e situações descritas pelo autor no romance, o participante é convidado a resgatar a sua memória e transformá-la também em expressão artística. O convencimento é feito a partir da sensibilização provocada pela leitura do romance em conjunto. A vida de cada um pode em muito interessar aos outros, basta contá-la. Portanto, a metodologia num primeiro momento, visa encorajar os participantes. Em seguida, passa-se a experimentar as diversas possibilidades de expressão através de linguagens como vídeo, artes plásticas, literatura, poesia. Ao final da oficina cada participante, terá desenvolvido individualmente ou em conjunto alguma expressão de linguagem.
Marcus Vinícius Faustini, carioca, cresceu na Baixada Fluminense e no Cesarão, maior conjunto habitacional do Rio de Janeiro em Santa Cruz. Com formação em teatro e cinema, Faustini como é chamado, destaca-se na cena cultural desde 1998. Antes disso, teve uma passagem significativa pelo movimento estudantil chegando a ser vice-presidente da AMES-RJ. Em 2002 dirigiu seu primeiro filme "Chão de Estrelas", um documentário sobre a vida do artista brasileiro, que reunia depoimentos de Fernanda Montenegro até um travesti que desejava ser ator. O filme aborda as dificuldades de alcançar o sonho dourado de ser ator no país. O documentário foi bastante elogiado pela crítica e participou de dois festivais. Em 2006 Faustini lançou nos cinemas seu segundo documentário: "Carnaval, bexiga, funk e sombrinha" sobre o universo contraditório das turmas de clóvis/bate -bolas que existem na periferia do Rio. Convidado pela Prefeitura de Nova Iguaçu, Faustini assumiu em 2008 a pasta da Secretaria de Cultura e Turismo do município, tendo por esse motivo se licenciado do projeto Reperiferia. Como Secretario, realiza o Fundo Municipal de Cultura e a Política de Territorialidade através de editais. Em 2009 lança pela editora Aeroplano seu primeiro livro – Guia Afetivo da Periferia – que narra a trajetória de um personagem pela cidade do Rio de Janeiro. Hoje é Assessor Especial de Cultura e Território da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
O corpo segundo Isadora 1.3
Oficina com Menicacci (foto) acontece nesta segunda e terça (13 e 14)
Nesta segunda e terça-feira (13 e 14), de 9 às 13 horas, ele estará no Alpendre comandando a atividade Corpo e novas tecnologias com Isadora 1.3. Video em interactividade tempo real. O software Isadora 1.3 foi desenvolvido por Mark Coniglio e permite o controle de qualquer coisa no espaço cênico, partindo da corporeidade do interprete e/ou do espectador.
Na atividade, Menicacci vai orientar os participantes no uso da ferramenta, cujo aparato prevê sensores ligados ao corpo controlando vídeo, áudio, luzes, vento, fumaça e outras ferramentas da cena em tempo real. Menicacci vai discutir ainda conceitos teóricos ligados às poéticas tecnológicas e trocar conhecimentos sobre o uso de sensores em espetáculos e instalações interativas.
Para esta oficina, os participantes deverão levar laptop. São 15 vagas disponíveis. Para se inscrever, basta preencher a ficha de inscrição disponível aqui, e enviar para o email nucleodeformacao@dragaodomar.org.br.
Além de pesquisador e professor, Armando Menicacci colabora com coreógrafos e possui um trabalho próprio de criação artística com instalações interativas. É doutor pela Universidade de Paris 8, com tese sobre a relação entre dança e tecnologias numéricas.
Serviço
Corpo e novas tecnologias com Isadora 1.3. Video em interactividade tempo real
Oficina promovida pelo Núcleo de Formação do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Local: Alpendre - Rua José Avelino, 495
Período: 13 a 14/09
Horário: 9 às 13 horas
Inscrições gratuitas. Mais informações em http://www.dragaodomar.org.br/formacao.php
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