terça-feira, 3 de agosto de 2010

A criação e a invenção de Daniel Lins

FOTO MARINA CAVALCANTE


O filósofo Daniel Lins, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), foi o primeiro palestrante do seminário "Arte, Invenção e Experiências Formativas".

Lins falou sobre a diferença entre criação e invenção. Começou apresentando imagens, feitas na Itália, que representam a ruptura da Idade Média para a Renascença. "Na Renascença a filosofia se liberta do poder. Não existe poder sem crença, sem criação. A invenção acontece quando a filosofia se afasta do poder", pontuou Daniel Lins.
Lins argumentou que a Idade Média sempre foi muito presa a metafísica, fazendo criadores, mas poucos inventores. "Sabemos o preço que os inventores tiveram que pagar".

Daniel Lins, em vários momentos, questionou: 'Por que inventores e não criadores?' A resposta é que a criação trabalha com a reprodução. "Invenção é muito trabalho. Não existe "mesmo". A invenção vai embora com "o mesmo" e no caso da criação não mexe com nada, copia. E nós somos felizes e como é criativo", pontua Lins destacando o papel da televisão mundial no processo de felicidade pronta. "Na criação posso fazer as fotografias e não estou dizendo que não há talento. Mas a criação não tem uma responsabilidade com a liberdade". 

FRASES
"Você não cria numa solidão de planeta ferido"

"Na criação a gente quer tudo. Não só o orçamento. É o desperdício de talento, de tempo, de amor"

"Estar é uma passagem. É correndo que os criativos enchem suas agendas"

"A invenção querendo o tempo todo encontrar o seu lugar, mas toda uma ideologia dominante fazendo com que você dê ideia de invenção ao que é criação"


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