FOTO MARINA CAVALCANTE
Tarde do teatro, no seminário "Arte, Invenção e Experiências Formativas". A primeira palestra, "Teatro de Grupo: Locus de Utopia e Resistência", da carioca Christina Streva, falou da relação arte-academia. Como foi e como tem sido."Professores e pequisadores, por terem optado pela academia, eram vistos como artistas frustrados para garantia da estabilidade. Artes cênicas com mestrados e doutorados, novos cursos pelo Brasil, é uma multiplicação de oportunidades de egressos", destaca Christina.
A pesquisadora diz ainda que graças a renovação das instituições, jovens artistas estão nos institutos e universidades, muitos sem estarem dispostos a abdicar da carreira artística. "Até pouco tempo, um professor-diretor que ensaiava até cinco horas por dia não tinha como colocar isso na vida acadêmica", pontua. Muita coisa mudou. Foi preciso mudar para fazer valer o trabalho dentro das instituições. Era preciso repensar as rígidas regras acadêmicas para atender a necessidades da carreira artística. "O buraco era mais embaixo e cabia a nós criar processos formativos menos rígidos. Rever o antigo conceito do professor que traz para a sala de aula uma verdade absoluta. Uma busca constante por caminhos alternativos", disse complementando que "se não existem fórmulas feitas para as salas de aula, devemos focar em vetores norteadores na construção de processos pedagógicos".
Aplaudida, finalizou sua fala emocionada com o coletivo de teatro que surgiu no sertão mineiro, o SerTão Teatro. "É resistência e utopia".
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A tarde seguiu com a palestra "Ainda sobre a proposição de um instituto sem espectadores teatralidade e experiência na sociedade do espetáculo, de José Fernando Azevedo, de São Paulo.
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