FOTO MARINA CAVALCANTE
Na segunda palestra do dia, João Kulcsár falou sobre da importância da fotografia como uma ferramenta de alfabetização visual.
Para ele, nas salas de aula convencionais, alguns professores ainda evitam utilizar imagens fotográficas. "A partir do momento que tem uma imagem fotográfica, pra cada um é uma interpretação diferente e todas estão corretas. A preocupação do professor é trabalhar com algo ele não tem uma resposta definitiva, que ele não domina", pontua Kulcsár .
Entre os exemplos citatos por Kulcsár, está a "tentativa de invenção", a partir da demana de deficientes visuais por fotografia. A equipe passou a pesquisar projetos nesse sentido, mas decidiram começar do zero. "Na quarta aula, com autonomia que é uma palavra muito importante, eles tiveram que fazer um retrato sozinho. O deficiente visual quer a fotografia pra se comunicar e pra mostrar pros outros. E qualquer coisa você pode aprender", explica Kulcsár destacando o aprendizado que envolveu toda a equipe. "Aprendemos como fotografar usando os sentidos".
O laboratório para ensinar fotografia aos deficientes visuais aconteceu na Pinacoteca de São Paulo, que já tinha projetos de acessibilidade, e em museus. "Tentativa e erro. Foi uma construção coletiva. É preciso levar o educador a pensar na fotografia, a fazer leitura de imagens. Cada um tem uma maneira de fotografar, se segurar a câmera. É sentir a foto", finalizou.
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